quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A era das Batinas

Levanta te alma inquieta,
Que fazes aí vagando qual moribundo,
agonizando seus momentos maquiavélicos, videando o fim do mundo;
Pudera um dia tu reconquistar o teu espaço,
E tomar o corpo como teu;
Desatando esse embaraço,
que um dia fez o teu Deus;
Emaranhados de almas farpadas,
cobrem os muros dessa gente desenganada,
que a muito já vendera a tua alma,

Orações,penitências,Dízimos a quem?
Pagas por uma hospedagem qual nunca terás,
Vives uma vida que nunca devias levar,
Enganados para sempre até seu dia chegar,
Onde na hora do julgamento verás que aqui sempre foi o seu lugar,
Seu admirável mundo novo desaba,seu porto seguro,sua divindade nunca irá encontrar.
Levanta-te,
tome contigo teu corpo imundo,
E viva agora cada segundo,
Como super homem desse ilusório submundo.

Por: Giovanni Curvo Gottardi

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Lixo tóxico cotidiano


Cinzas,
Somente cinzas e não paisagens,
é quando uma árvore parece miragem;
As únicas gotas que caem, são das lágrimas que pedem passagem;
Estamos nos podando pela raiz,
nossa sanidade parece estar por um triz;
Cada árvore cortada, cada semente não plantada,
parece nos levar a essa terrível enrascada,
onde de bom não levamos nada,
e o que aprendemos é somente fachada,
coisa imposta e mal lavrada,
pelo estado do roubo e da pancada,
Sorrisos descarados pela TV,
Mares de soja, qual horizonte não se vê;
Pensamento acelerado, um café e um cigarro,
Paro e penso novamente,
É, realmente está tudo errado,
é difícil não se ficar chocado e ver onde fomos parar, embasbacado;
e o pior, para onde vamos?
Aliás, quem somos?
O que fazemos aqui?
Somos meros protagonistas dessa divina comédia?
Übermensch? Cavaleiros andantes da reluzente armadura?
Escolher o destino não é tão complicado,
Exercer o aborrecimento de viver, ou a plenitude de gozar cada momento,
isso tudo é muito fácil.
Mas harmonizar-se com o mundo é devidamente necessário, e complicado;
Resta manter o equilíbrio.


Giovanni Curvo Gottardi

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Nosferatu
















Caminhos e caminhos,
sempre nos deixam levar.
Levar para parte alguma,
levar a algum lugar
Caminhos são sempre caminhos,
qual sei que hei de trilhar,
Sobre os trilhos obscuros,
um dia irei me encontrar;
Sangue já não possuo,
coração eu nunca tive,
Minh´alma não me pertence,
nem sei mais se sou gente
Minha vida se esvaiu em brasas,
Quando um dia tu ganhaste asas,
E se libertou dessa luz que nos fere,
Eu sempre amei a noite,
E agora tu me ofereces a escuridão eterna.

Por: Giovanni Curvo Gottardi