quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Lixo tóxico cotidiano


Cinzas,
Somente cinzas e não paisagens,
é quando uma árvore parece miragem;
As únicas gotas que caem, são das lágrimas que pedem passagem;
Estamos nos podando pela raiz,
nossa sanidade parece estar por um triz;
Cada árvore cortada, cada semente não plantada,
parece nos levar a essa terrível enrascada,
onde de bom não levamos nada,
e o que aprendemos é somente fachada,
coisa imposta e mal lavrada,
pelo estado do roubo e da pancada,
Sorrisos descarados pela TV,
Mares de soja, qual horizonte não se vê;
Pensamento acelerado, um café e um cigarro,
Paro e penso novamente,
É, realmente está tudo errado,
é difícil não se ficar chocado e ver onde fomos parar, embasbacado;
e o pior, para onde vamos?
Aliás, quem somos?
O que fazemos aqui?
Somos meros protagonistas dessa divina comédia?
Übermensch? Cavaleiros andantes da reluzente armadura?
Escolher o destino não é tão complicado,
Exercer o aborrecimento de viver, ou a plenitude de gozar cada momento,
isso tudo é muito fácil.
Mas harmonizar-se com o mundo é devidamente necessário, e complicado;
Resta manter o equilíbrio.


Giovanni Curvo Gottardi

2 comentários:

nay disse...

Oi... adorei... ^^
beijos

Ana Paula disse...

Muito bom!
Bjus.