
Procurei tanto algo que me extasiasse,
e enfim me livrasse deste incomodo lugar.
Lugar este qual nunca quis.
Tire me daqui,
e me carregue para a cova;
Para enfim quando os vermes me devorarem,
Servir-me-ei pra alguma cousa.
Você vestida de preto,
com largo sorriso no rosto,
e eu pálido descendo ao fosso,
ainda escuto a tua voz;
Tão serena quanto a morte,
Que agora me carrega e me agrega,
A triste coleção de cruzes.
Poucas lágrimas são derramadas,
Já posso ouvir a terra que cai,
sobre minha ultima morada,
E sentir a presença solíqua de um coveiro,
Que depois de cobrir me inteiro,
Pôs se a chorar.
Pois naquele mesmo dia,
O coveiro tentara se matar.
Seu amigo impressionado com o choro disse:
-Deixe disso homem vamos trabalhar...
O coveiro enxuga as lágrimas olhando a cova em um só pensamento.
-É, eu queria estar no seu lugar.
A morte finalmente aparece e diz:
-Calma meu filho sua hora irá chegar...
Seu amigo assustado,
veio a desmaiar.
O coveiro já frustrado,
desistiu de se matar;
Esperou sabiamente o dia da morte voltar,
E ao lado de minha cova o triste homem veio morar.
Por:Giovanni Curvo Gottardi