sexta-feira, 6 de junho de 2008

Relatório de aula campo




Aulas campo como essa, são de tremendo engrandecimento, pois é através delas que podemos estar em contato direto com nosso objeto de estudo.
Todos os locais visitados, cada um com sua especificidade, tiveram muito a contribuir para com nossa formação histórica, pois cada qual parecia revelar algo para mim até então inédito; assim como as máquinas de microfilmagem (dentre outras), o manuseio das mesmas, técnicas para utilização de arquivos sem que eles se desgastem, e demais coisas que irão nos acompanhar em nosso ofício como historiador.
Um ponto que muito me chamou a atenção (apesar do sono tremendo), foi a visita a Opan, onde um integrante da mesma ministrou ótima palestra, prendendo minha atenção e aguçando minha vontade de aprender um pouco mais.
Achei interessantes, os pontos levantados por ele, na questão da construção de Hidrelétricas em áreas indígenas; gostei também quando o mesmo discorreu sobre o funcionamento da Ong, e sobre a convivência com alguns povos indígenas; momento em que o palestrante tocou em um ponto muito importante; a visão distorcida que a maioria das pessoas tem para com os povos indígenas.
Já não está na hora de reconhecê-los? Já não passa o tempo de enxergá-los dessa maneira distorcida? Dessa visão europeizada, estadunidense ou seja lá o que for?Somos brasileiros, índios, pardos, brancos, negros,amarelos, verde e amarelos!(Isso foi apenas um lapso para com o descaso, continua o relatório).
Alem de tudo este tipo de aula, faz uma aproximação entre os alunos e melhora a relação ALUNO X PROFESSOR .
No meu caso, muitas das pessoas que estudam comigo, só fui de fato conhecer através dessas aulas campo.
O interessante é também a interação dos semestres participantes, o que ajuda a unir mais o nosso curso de história, que a muito estava meio parado; até mesmo porque aulas campo, são praticamente uma raridade em nosso departamento.
Quanto as aulas nos museus, foram todas elas muito proveitosas, pois em cada um deles, seus monitores pareciam muito bem preparados para nos receber(com exceção a monitora do morro da caixa d´agua,definida como ”Terrível” pela rapaziada menos malvada),desabando tantas informações, que um dia ou dois pareciam pouco pelo tanto que aprendemos.
No museu(qual não recordo o nome) situado ao lado do palácio das instruções, achei interessante a maneira como o monitor discorreu sobre a história de cuiabá, se utilizando de uma maquete.
Já no museu da Ufmt, o monitor( um senhor indígena),discorreu muito bem sobre a cultura de seu povo,falou também sobre os adornos usados por eles sobre a construção e disposição de uma oca etc..
No museu situado na casa Dom Aquino, um dos monitores, falou com bastante clareza e naturalidade sobre os períodos neolítico, paleolítico etc..., aqui em nosso estado;para mim algo novo até então;foi interessante saber da presença de animais gigantes na região, isso em um período de 10.000 anos atrás(o que quer dizer que o homem conviveu com esses animais), assim como um tipo de mamute , a preguiça gigante de 6 metros, e o tatu do tamanho de um fusca;imagine caro amigo leitor, você sai por aí e dá de cara com um animal desse porte;como já diziam lá em casa: Vôte!
Uma coisa que ficou bem clara, quanto ao patrimônio histórico de Cuiabá, é que ele parece ser melhor preservado que em chapada dos guimarães [isso quando falamos de um patrimonio histórico,móvel ou imóvel], mas quando se trata de um patrimonio histórico natural, chapada é show,perfeição em forma de natureza.
Um coisa que parece ser bastante inquietante e intrigante, é a política de restauração utilizada pelo IPHAN[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], que parece resgatar um passado elitizado, restaurando edificações como casarões dentro de propriedades "particulares",e a política de restauração de igrejas, que me deixa doido de raiva, primeiramente que não sou religioso, e depois porque o meu dinheiro é investido em uma máquina de coerção e multiplicação inexplicavel de "dinheiro"[grande obra divina].
Não temos outra forma de pensar a política de restaração do IPHAN a não ser esse jogo político, onde eles determinam o que é , e aquilo que deixa de ser um patrimonio histórico.
O caso da demolição do carandiru, é um descaso total, pois podemos chamá-lo de lugar de memória, e objeto de vários estudos históricos;mas preferem esquecer tudo o que se passou naquele local que é lembrado com descaso e mortes, deletando do mapa,algo tão escencial ao nosso ofício de historiador, a memória.Resumindo, podemos dizer que essa política elitizada e cheia de interesses utilizada pelo IPHAN, não prejudica somente a nós, que pagamos pelas restaurações, mas tambem prejudicam aqueles patrimonios esquecidos, que xoram sua memória até a ultima gota, esvaindo toda a história que podemos dizer que está sendo perdida.Como dizia o grande José Simão,o lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza.Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! E vai indo que eu não vou! UFA!


2 comentários:

Unknown disse...

bom trabalho!

gostei do teu relatório... como nos demais sítios, ficaram bem perceptíveis as idéias expostas e o modo como cada expressou-se admitindo participar do projeto, apostando que poderia ser uma experiência interessante...

espero que possamos continuar a parceria dentro do projeto.

tuas contribuições já são reconhecidas.

parabéns!

Tropa de Choque disse...

cariaai blz
retribua a visita em ums dos meus blogs...
www.tropadechoque2008.blogspot.com

www.putisgrilafe.blogspot.com/

veleu